Enquanto os capitães de Abril ultimavam os preparativos para a revolução que, no dia seguinte, haveria de pôr fim à ditadura, no Posto Agrário de Tavira era dia de azáfama nas estufas. Há oito anos que aquelas estruturas de madeira e vidro tinham sido instaladas no coração da estação experimental algarvia para o cultivo e estudo de diferentes variedades de cravos. Quarta-feira era dia de colheita. “Mandávamos daqui para Lisboa às segundas, quartas e sextas”, recorda Guilhermina Madeira, então regente agrícola no actual Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT).
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